segunda-feira, 25 de março de 2013

"Isso de Patrões Estrangeiros"

"Patrão é Patrão, abre a porta para entrar/ patrão é patrão, abre a porta para entrar" MC Roger.

Sr. Presidente,

Estivemos atentos aquando do seu discurso de encerramento da Reunião do Comité Central lá na Matola. Pessoalmente achei importante o seu discurso centrado no Diálogo, o seu desejo de ter e ver uma FRELIMO DIALOGANTE. Afinal, é isso que disse outra vez o nosso, com orgulho, filósofo Severino Nguenha, naquela palestra lá na Presidência.

A Frelimo precisa sim de dialogar não interessa com que cor partidária. Ela precisa de dialogar com todos os actores políticos, económicos e sociais para o bem deste que insistentemente é chamado "maravilhoso povo" e esta que famigeradamente conhecido por "Pátria de Heróis".

Contudo, Camarada Presidente, não entendi aquela máxima de "Considadãos nossos carentes  de patrões estrangeiros".

Sr Presidente,
Quem dita regras neste País?
Quem determinou a mudança de sistema e quem está a definir o nosso destino como um país? Nós/Vós ou estrangeiros? Quem tem a última palavras quando o assunto é educação e saúde? Quem trouxe o novo curriculo em vigor nos nossos subsistemas de ensino primário e secundário? Onde vamos buscar os nossos financiamentos e onde depositamos os nossos dinheiros? É em Moçambique ou no estrangeiro?

Não sei não. É que para mim este País foi vendido já faz muito tempo e quem vendeu é quem sempre esteve a governá-lo. A independência de um país é somente efectiva quando esse mesmo País é economicamente auto-sustentável.

Portanto, em nome do diálogo, não apontemos dedo neste ou naquele. "Patrão é patrão" como diz o seu afilhado Sr. Presidente! Não interessa se é nacional ou estrangeiro. O que importa é que pague bem, não é?