Decorre em todo o território nacional a campanha eleitoral. Partidos políticos e coligações tudo (?) fazem para conquistar o voto, uns melhores que outros em termos de organização. Não se pretende aqui procurar vasculhar organogramas de partidos nem os seus cofres, embora, na verdade, a organização e o dinheiro sejam factores determinantes para uma vitória eleitoral. O presente texto tem como coluna vertebral as promessas eleitorais.
Todos partidos, aliás os quatro partidos de facto existentes, nomeadamente: o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) e o Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) lançam as suas promessas sobre o futuro melhor. As entranhas de tais promessas estão intoxicadas de ambiguidades gritantes. Enquanto alguns socorrem-se do passado para prometer o futuro, não conseguem explicar o presente. Não conseguem nos dizer, por exemplo, as razões de falta de habitação para a juventude hoje e como colmatará a situação nos próximos cinco anos; não explicam porquê um jovem recém-graduado tem que ostentar um currículo que lhe confere pelo menos cinco anos de experiência na sua primeira candidatura ao emprego. Outros evangelizam o futuro brilhante para a camada juvenil actual, mas na letra não se diferem daqueles que nada fazem neste matéria. Todas as promessas são iguais e ninguém se dedica à explicação de como cumprirá tais promessas.
Como não bastasse, todas promessas são genéricas. Prometem construir habitações, escolas, hospitais, estradas, pontes e outras unidades sociais. Porém, não quantificam. Não dizem quantas casas serão construídas até ao fim do mandato; não se preocupam com declarações de quantas escolas, estradas, pontes e quantos hospitais serão erguidos até 2014. Esta é uma acrobacia política para confundir o povo, pois, sem indicadores quantitativos este não terá como cobrar resultados. O risco disso é, o partido ganhador que formará o governo, vir a declarar uma escola, um posto de saúde, uma estrada e uma ponte, construídos durante cinco anos. Quem exigirá mais se eles não quantificaram?
Em adição, não há debates políticos sérios sobre a economia, a sociedade e a segurança interna e externa. Assuntos do género estão a ser substituídos por troca de acusações, auto – bajulação e corrida desenfreada ao bolo eleitoral. Por exemplo, não parece prudente colocar Cahora Bassa, Ponte sobre o Zambeze Caia-Chimwara ou reabilitação tremida da Estrada Nacional Nº1 na agenda eleitoral. De facto, estas obras são importantes para o desenvolvimento do país, mas poderia ter constituído matéria eleitoral em 2004. O Povo não deve viver de história. A proclamação de tais acções só atrapalha a atenção do eleitorado interessado em mudar o rumo dos acontecimentos.
É preciso haver promessas concretas e quantificadas. É tarefa da juventude deve militar na exigência de promessas claras, nem que seja necessário recorrer a manifestações generalizadas! Lembrem-se: os jovens derrubaram o colonialismo em Moçambique; os jovens criaram cisma no Congresso Nacional Africano, resultando na queda precipitada do Presidente Thabo Mbeki na África do Sul. O que falta para haver uma juventude militante e revolucionaria em Moçambique?
4 comentários:
Mano...
Mocambique precisa de pessoas como tú! Nao te acobardes e nao deixes ameacar por esses nossos políticos sujos, cleptocratas institucionalizados, traidores da pátria, ladroes e gatunos...
Fale de boca cheia e com orgulho de mocambicano denuncie todas irregularidades que achares procedentes e um dia, quem sabe, um dia Mocambique será grato pelo teu despertar de consciencia. Lamentavelmente o trabalho que teremos adiante para construir um Mocambique melhor é bastante árduo iniciando-se principalmente pelo combate ao analfabetismo porque nenhum povo analfabeto pode ser soberano, unido ou com possibilidades de desenvolver-se. Para além da raiz de todos os males que é o analfabetismo, temos a sua consequencia directa que é a pobreza absoluta que assola mais de 70% da populacao, a falta de infraestruturas, o SIDA, as malárias, cóleras, etc...
Vamos adiante construindo um Mocambique livre do neo-colonialismo dos antigos combatentes e criando as bases para um desenvolvimento sustentavel para as geracoes vindouras.
Akele abraco e conte comigo
Feliciano Augusto
Meu caro Feliciano, devo concordar que estamos inseridos numa sociedade onde tudo se confunde com tudo. Nao existe fronteira entre o publico e o privado, bens do estado, do partido e individuais. Os ricos estao a tornar-se cada vez mais ricos e os pobres idem. Toda a massa critica do pais esta corrompida e nem tem tempo para pensar. Expande-se o ensino superior, mas o produto destas sai de tal forma formatada que nao consegue ver nada do que se esta a passar ao seu redor...enfim temos efectivamente um longo caminho por percorrer.
Bem haja
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